CACAU, CACAUEIRO, CACAU-VERDADEIRO - ( Theobroma cacao L. )

NOME CIENTÍFICO: Theobroma cacao L.

NOMES POPULARES: cacau, cacaueiro, cacau-verdadeiro, árvore-do-chocolate. 

Nota: Os principais tipos de cacau, são Criollo, Forasteiro e Trinitário.

- Criollo: Conhecido por ser um cacau fino, com sabor suave e frutado.

- Forasteiro: Mais resistente e produz maior, mas tem sabor mais amargo. 

- Trinitário: É um híbrido entre os dois, com características intermediárias. 

FAMÍLIA: Malvaceae.

Nota: Tradicionalmente classificada na família Sterculiaceae, em estudos mais recentes incorporada a Malvaceae, portanto está correto a classificação em ambas.

CICLO DE VIDA: Perene.

Nota: Pode viver cerca de 25 a 50 anos com produção produtiva.

ORIGEM: América do Sul e Central, na  região Amazônia, na mata alta e terra firme.  

PORTE: De 4 a 6 metros de altura, embora na natureza pode atingir dimensões maiores.                                                                                           

FOLHAS: Simples, perenes, geralmente pêndulas (caídas), grandes (15 a 25 cm), de coloração verde e brilhante. 

FLORES: São pequenas, medem de 1 a 2 cm de diâmetro, tem coloração brancas, cor-de-rosa ou amarelas. Nascem diretamente no tronco e nos ramos da árvore, (em botânica: caulifloria). São hermafroditas e pentâmeras, com cinco verticilos de órgãos: sépalas, pétalas, estames, estaminódios e carpelos. São polinizadas por pequenos insetos.

                                                                              

FRUTOS: Tipo baga elipsoide, de 10 a 25 cm de comprimento, chegando a pesar cerca de 1 kg. Tem poupa doce, acidulada, as sementes depois de torradas são utilizadas para preparo de chocolate. De coloração que varia do verde ao amarelo, vermelho ao roxo, conforme variedade. Cada fruto tem cerca de 20 a 50 sementes.

TRONCO: De 20 a 30 cm de diâmetro. Madeira pouco resistente (apenas utilizada para lenha e carvão), liso quando jovem, com o passar do tempo apresenta fissuras.

LUMINOSIDADE: Meia sombra. Se desenvolve melhor em sistemas de sombreamento, onde a incidência de luz solar direta é reduzida para cerca de 80%.

ÁGUA: Gosta de solo úmido, quando as mudas ainda não estão estabelecidas regar de 2 a 3 vezes por semana, sem encharcar, não descuidar nas épocas de seca.

CLIMA: Tropical, quente e úmido, com temperatura entre 21ºC a 32ºC, precisa de muita umidade de forma constante, cerca de 70%. Não tolera geadas.

PODA: Fazer poda de condução, retire brotos laterais, ramos secos e mal formados, facilite a circulação de ar e entrada de claridade para ter melhor produção de frutos.

Nota: A melhor época é na estação seca.

CULTIVO: Aprecia solos profundos, ricos em matéria orgânica, bastante úmidos e com boa drenagem, o pH deve ser entre 6,0 a 7,5 e a distância entre plantas é de 3 a 4 metros.

UTILIZAÇÃO: Os frutos são comestíveis, sua poupa é usada para preparo de refrescos, licores e chocolates caseiros. As sementes (castanhas) são torradas e transformadas industrialmente no chocolate.

PROPAGAÇÃO: Através de sementes, de forma fácil, sem nenhum tratamento, costumam germinar em menos de uma semana após a retirada da fruta da árvore. Também é utilizada a estaquia e mudas enxertadas.

PLANTA MEDICINAL: Suas folhas, casca e sementes são utilizadas no tratamento de problemas digestivos e fadiga.

PRAGAS E DOENÇAS: Pode ser afetada por cochonilhas, broca-do-cacau, besouros e ácaros. As doenças mais comuns são a vassoura-de-bruxa, podridão parda e podridão-de-frutos, o controle fitossanitário e o manejo integrado são fundamentais para obter uma produção adequada.

IMAGENS DESSA POSTAGEM: São de meu arquivo, fiz em 2011 em Ilhéus na Bahia.

GRAVIOLA-SILVESTRE - (Annona montana)

NOME CIENTÍFICO:  Annona montana.

Nota: Muitas vezes é comercializada como graviola (Annona muricata), pois são bem semelhantes.

 

NOME POPULAR: graviola-silvestre, graviola-da-montanha, araticum-do-mato, araticum-apé, araticum-açu.

SINONÍMIA: Annona marcgravii, Annona pisonis, Annona sphaerocarpa.

 

FAMÍLIA: Annonaceae.

 

CICLO DE VIDA: Perene.

 

ORIGEM: Norte da América do Sul. (Incluindo o Brasil - Amazonas).

 

PORTE: De 8 a 12 metros de altura.

Nota: O porte descrito acima acontece mais na sua região de origem, no Brasil na região sudeste e sul atinge um pouco mais de 6 metros de altura.

 

FOLHAS: De coloração verde escuro, brilhantes, glabras (sem pelos) na face superior, medindo de 15 a 25 cm de comprimento, a face inferior tem uma tonalidade de verde mais claro e opaco

 

FLORES: Solitárias, grandes, de pétalas carnosas, formadas na primavera

 

FRUTOS: Quase redondos medindo cerca de 15 cm de comprimento, casca esverdeada, ornada por pequenos espinhos carnosos, a polpa é de coloração amarela e fibrosa, aromática, contendo muitas sementes de coloração marrom.

TRONCO:

 

LUMINOSIDADE: Sol pleno, meia-sombra.

CULTIVO:

 

FERTILIZAÇÃO: Por ocasião do plantio da muda, misture na terra retirada da cova, esterco animal bem curtido ou composto orgânico, nos primeiros anos aplique trimestralmente ao redor do caule (não junto a ele), na projeção da copa,  NPK 10-10-10, incorpore levemente ao solo e regue em seguida

 

UTILIZAÇÃO: Cultivada principalmente em pomares domésticos, . Os frutos são consumidos na forma de suco, doces e sorvetes.

 

Nota: Seu sabor é considerado inferior ao da graviola.

PROPAGAÇÃO: Exclusivamente por sementes.

 

 

PLANTA MEDICINAL: Tem propriedades medicinais

 

PRAGAS E DOENÇAS:

 

PREÇO:

 

FOTOS DESTA POSTAGEM: Fotografei em Holambra / SP (janeiro/2021).

AGRADECIMENTO: Agradeço ao amigo Edilson Giacon do Viveiro CIPREST, que me ajudou na identificação.

OITI - (Licania tomentosa)

OITI

Licania tomentosa

OITI - (Licania tomentosa)

NOME CIENTÍFICO:  Licania tomentosa (Benth.) Fritsch.

NOME POPULAR: oiti, oiti-da-praia, guaili, oiti-cagão, oiti-mirim, oitizeiro,

goiti-iba, manga-da-praia, milho-cozido, oiti-cagão, oiticica,

SINONÍMIA: Moquilea tomentosa, Pleragina odorata. 

FAMÍLIA: Chrysobalanaceae.

Nota: No mundo existe cerca de 20 gêneros e 500 espécies, sendo que no Brasil ocorrem 7 gêneros e cerca de 280 espécies.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Brasil

PORTE: Chega atingir de 8 a 15 metros de altura.

FOLHAS: Simples, tomentosas (*) nos dois lados, medindo de 7-14 cm de comprimento, por 3-5 cm de largura.

OITI - (Licania tomentosa) - Folha página superior

Nota: (*) Tomentosa: recoberta com tomento, que é uma lanugem (pelos bem finos).

OITI - (Licania tomentosa) - Folha página inferior

FLORES: Floresce durante o inverno (no Brasil de junho até agosto).

FRUTOS: Drupa, contém apenas uma semente (caroço), aderida ao endocarpo, casca enrugada de coloração amarela, passando para marrom quando madura, mede cerca de 12 a 16 cm, a polpa é doce, pastosa e “areiada” semelhante a pinha. Amadurecem no verão, de janeiro a março.

OITI - (Licania tomentosa) - Fruta

TRONCO: De madeira pesada, de boa durabilidade, atinge cerca  de 30 a 50 cm de diâmetro.

LUMINOSIDADE: Sol pleno.

ÁGUA: Gosta de solo ligeiramente úmido, mas não encharcado, até que a planta adquira porte adulto, não descuidar das regas.

CLIMA: Prefere clima quente a ameno, em regiões de frio intenso não frutifica.

PODA: Não necessária, apenas a de formação, retirando brotações laterais e galhos mal formados.

CULTIVO: Aprecia solo rico em matéria orgânica e profundo.

FERTILIZAÇÃO: Por ocasião do plantio, misture na terra retirada da cova, esterco de gado (sempre bem curtido), depois aplique ao redor do caule não junto a ele NPK 10-10-10.

UTILIZAÇÃO: Bastante ornamental, produz excelente sombra.

PROPAGAÇÃO: Feita por sementes, que tem boa taxa de germinação (cerca de 90%), a emergência acontece entre 10-20 dias.

PLANTA MEDICINAL: Tem propriedades medicinais, folhas e frutos tem potencial no tratamento de leucemia.

PREÇO: Varia conforme tamanho e qualidade da muda, podendo ser encontrado a partir de R$ 10,00.

FOTOS DESTA POSTAGEM: As imagens fiz em Holambra / SP, no Clube Fazenda Ribeirão.

Como tratar um cajá-manga com resina?

NOME DA DOENÇA: Resinose.

AGENTE CAUSADOR: Fungo (Lasiodiplodia theobromae).

SINTOMAS: Líquido de consistência viscosa expelido pela planta que escorre pela superfície do caule e ramos infectados.

COMO TRATAR: Raspar e retirar com uma lâmina, facão ou canivete as partes infectadas e aplicar pasta fungicida (feita à base de cobre), eliminar os ramos necrosados e muito infectados, repetir a aplicação mensalmente até a cura total da planta.

Nota: Mesmo com a doença a planta pode continuar a produzir frutos e a sobreviver por alguns anos, se tratada na fase inicial à cura é bem simples.