31 de out. de 2020

MELHORAMENTOS GENÉTICOS EM PLANTAS ORNAMENTAIS

MELHORAMENTOS GENÉTICOS EM PLANTAS ORNAMENTAIS


- Os melhoramentos genéticos não buscam apenas a beleza, mas, principalmente, a maior durabilidade e resistência das flores e plantas. 


- Em média cada nova variedade demora cerca de 7 anos para chegar ao mercado brasileiro:

     * Considerando o investimento de tempo de pesquisa, desenvolvimento das plantas e flores e os testes de adaptação de clima e de solo feitos pelos produtores no Brasil (no geral, dois anos);


chegam anualmente no país cerca de 150 variedades novas para serem testadas pelos produtores;


- As novas variedades são trazidas principalmente da Holanda (60% a 70%), também da Dinamarca e Alemanha;


- 95% das variedades que são testadas acabam sendo descartadas e nunca chegarão ao consumidor;


- Fica por conta dos produtores para fazer o teste nessas novas plantas:

   . área para plantio

   . vasos

   . substrato

   . fertilizante

   . defensivos

   .  mão de obra


- Royalts (Quantia paga pelo direito de uso, exploração e comercialização)

                Obs.: Se o teste deu certo e for iniciada a produção para venda, o produtor terá que pagar para o fornecedor da variedade por planta comercializada, o valor é bem variado, pode ser de R$ 100,00 para cada 1.000 mudas a U$ 1,00 por uma única planta.


Exemplo de algumas variedades:

kalanchoes, crássula, peperomia e begônia








FONTE: Publicação da Coopercitrus:

http://www.coopercitrus.com.br/?pag=noticias&act=detalhes&noticia=13440


PAINEIRA-LARANJA-DA-ÍNDIA - ( Bombax malabaricum )




NOME CIENTÍFICOBombax malabaricum

NOME POPULAR: paineira-laranja-da-índia, algodão-de-seda.

Nota: Segundo informação de Edilson Giacon da CIPREST, esta cor é rara na natureza e tem algumas plantas somente no Brasil, fez mudas enxertadas e em breve terá para venda.

SINONÍMIA
Bombax ceiba, Bombax aculeatum, Bombax heptaphyllum, Bombax thorelli, Bombax tussacii, Gossampinus malabarica, Gossampinus rubra, Gossampinus thorelli, Malaleuca grandiflora, Salmalia malabarica.

FAMÍLIA: Malvaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Sul da Ásia, Índia.

PORTE: Atinge em média cerca de 20 metros de altura.




Nota: Em regiões tropicais úmidas são vistas árvores com dimensões maiores.

FOLHAS: Árvore caducifólio (perde as folhas durante o inverno - julho / agosto), nesta ocasião apresenta maravilhosas floradas. 

FLORES: De tamanho grande em forma de taça, cerosas e brilhantes, de coloração alaranjada.




FRUTOS: Medem cerca de 13 cm, adquirem coloração marrom quando maduros, composto de muitas sementes de coloração preta ou cinza, envoltas em algodão que auxilia na dispersão com auxílio do vento.




ÁGUA: Enquanto a planta for jovem, mantenha o solo ligeiramente úmido
sem encharcar, depois de adulta regar só em caso de estiagem prolongadas.

TRONCO: Quando jovem contem espinhos, depois de alguns anos quando a planta está mais velhas a árvore perde os espinhos.




CLIMA: Prefere clima quente e úmido.

PODA: Não necessária, apenas poda de formação, retirando brotações laterais
e ramos secos e mal formados.

FERTILIZAÇÃO: Por ocasião do plantio para uma cova de 40X40X40, misture bem
na terra retirada cerca de 20 a 30 litros de esterco de curral sempre bem curtido. 
Após 60 dias faça adubação de cobertura, aplicando cerca de 10 a 15 colheres de sopa
(conforme tamanho da muda) de NPK, fórmula 10-10-10, sempre ao redor do caule,
nunca junto a ele, repita a cada 3 meses. 

Nota: No Brasil, melhores meses para aplicação de adubo: janeiro, março, 
setembro, novembro.

UTILIZAÇÃO: Fica muito bonita em grandes jardins e praças públicas, 
sua flora chama atenção de todos.



PROPAGAÇÃO: Por sementes.

PLANTA MEDICINAL: Tem propriedades medicinais.

FOTOS DESTA POSTAGEM: Fotografei em Holambra / SP.



29 de out. de 2020

BEGÔNIA BREVIRIMOSA



NOME POPULAR: begônia brevirimosa.

NOME CIENTÍFICO: Begonia brevirimosa Irmscher.


Nota: Foi descoberta em 1913 por Edgar Irmscher (1887-1968).
A planta mostrada nessa postagem sofreu melhoramento genético na Holanda.

FAMÍLIA: Begoniaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Papua - Nova Guiné.

PORTE: Chega atingir 2 metros de altura.

FOLHAS: É o atrativo principal, suas folhas tem desenhos metálicos brilhante, quando ficam mais velhas a coloração vermelha fica mais intensa, medem até 15 cm de comprimento.



FLORES: De valor ornamental secundário, tem coloração rosada, são esporádicas e esparsas.

LUMINOSIDADE: Meia sombra, o recebimento de luz solar direta nas horas mais quentes do dia irá "queimar" suas folhas.

ÁGUA: Manter o substrato sempre úmido, mas nunca encharcado.

CLIMA: Aprecia clima quente e úmido.

PODA: Não necessária, apenas a retirada de folhas e flores murchas,

CULTIVO: Gosta de substrato que tenha boa drenagem, rico em matéria orgânica.

ATENÇÃO: Logo que as raízes ocuparem todo espaço do vaso, irão começar a enrolar, veja no final dessa postagem as dicas do produtor para troca de vaso.

FERTILIZAÇÃO:  Nos primeiros 6 meses após a compra, não há necessidade, após isso aplique NPK 04-14-08, sempre ao redor do caule, nunca junto a ele.

UTILIZAÇÃO: Fica maravilhosa cultivada em vasos e no jardim de forma isolada ou em grupos, fazendo composição com outras plantas 

PROPAGAÇÃO: Pode ser feita através das folhas.

Nota: Não deve dividir as touceiras, pois as raízes são muito delicadas.

PRODUTOR: Flora Fujimaki.

PREÇO:  Estava sendo comercializada por R$ 200,00 (28/10/2020)

IMAGENS DESTA POSTAGEM: Foram feitas em Holambra/ SP, na Garden Flores na Mão.

DICAS DO PRODUTOR:

Após 4 meses fora de estufa ou quando ela atingir mais de 50 cm de altura, está na hora de passar para um vaso maior.

Para transferir do pote 15 para o pote 26 siga as orientações abaixo:

1 - Utilize substrato rico em matéria orgânica que tenha boa drenagem.

2 - Muito cuidado para retirar a planta do vaso, aperte as laterais do pote para soltar o torrão.

3 - No vaso maior coloque substrato adequado, o torrão intacto e complete as laterais apertando levemente,

4 - Tenha muita paciência, nas primeiras semanas não mude ela de lugar, não coloque fertilizante, apenas água.

Logo após a troca de vaso, só recomendamos a adubação se a terra estiver inerte, sem qualquer complemento. Se a terra já tiver qualquer tipo de adubo, o mais certo é aguardar algumas semanas, porque o excesso de adubo pode queimar as raízes e prejudicar a planta, o ideal é primeiro deixar ela se adaptar ao novo vaso. 

Para a manutenção pode-se usar um NPK equilibrado, como o 10-10-10, mas sempre por ferti-irrigação (ou seja, diluído na água da rega), evitar os adubos foliares, porque qualquer umidade nas folhas pode queimá-las.

Obs.: Nunca adubar com o vaso seco, porque ela vai absorver uma concentração muito grande do produto, mesmo que esteja diluído.

Em jardim aberto, onde vai tomar sol e chuva direta, nós não indicamos, porque como ela é produzida em ambiente controlado (estufa), não é indicada para área externa, não está rustificada o bastante para resistir esses ambientes.

Nota: Veja mais em detalhes (clique no link):

Cresceu D+?

https://www.instagram.com/florafujimaki/


19 de out. de 2020

CÓRDIA-AFRICANA, LASURA - ( Cordia myxal )



NOME POPULAR: cordia-africana, ameixa-assíria, lasura, Assyriam Plum.

NOME CIENTÍFICO: Cordia myxal.

FAMÍLIA: Boraginaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Nativa da Ásia, Afeganistão até Myanmar.

PORTE: Pode atingir cerca de 12 metros de altura.

FOLHAS: De formato oval, alternadas, medindo cerca de 7 - 15 cm de comprimento, por 5 - 10 cm de largura. Tem coloração verde escura na face superior e verde mais claro na face inferior




FLORES: As inflorescências são terminais, formada por muitas flores de coloração branca, com tamanho em torno de 5 mm.

FRUTOS: São drupas de coloração que varia do marrom claro até o rosa, produz uma grande quantidade de frutos, muito apreciados pela avifauna.




TRONCO: De coloração marrom acinzentada, de boa qualidade mas não é resistente ao ar livre.



LUMINOSIDADE: Sol pleno.

ÁGUA: Não descuidar das regas enquanto a planta for jovem, após estabelecida, resiste a solo mais seco.

CLIMA: Pode ser cultivada em clima temperado ao tropical.

PODA: Não necessária, apenas a de formação com a retirada de brotações laterais e galhos secos e mal formados.

CULTIVOPor ocasião do plantio da muda, misture na terra retirada da cova, esterco animal sempre muito bem curtido e um pouco de NPK 10-10-10. Enquanto bem jovem não descuidar das regas.

FERTILIZAÇÃO:  Após 1 ano aplique ao redor do caule, nunca junto a ele na projeção da copa, cerca de 5 a 10 colheres de sopa de NPK 04-14-08, incorpore levemente ao solo para não danificar as raízes e regue em seguida.

UTILIZAÇÃO: Boa para arborização de parques, produz uma ótima sombra e atrai passarinhos.

Nota: Como produz uma grande quantidade de frutos, as sementes são disseminadas por pássaros e morcegos, irá contribuir para aumento da espécie que irão competir com as plantas nativas

PROPAGAÇÃO: É feita por sementes.

PLANTA MEDICINAL: A casca do tronco e raízes são utilizadas para tratamento de diversas moléstias.

IMAGENS DESTA POSTAGEM: Foram feitas em Holambra/ SP.

AGRADECIMENTO: A Edilson Giacon da CIPREST que ajudou na identificação dessa árvore.

15 de out. de 2020

ALGODOEIRO-DA-PRAIA (Hibiscus talipariti)

 



NOME CIENTÍFICO Hibiscus talipariti.

 

Nota 1: Existe uma semelhança entre o Hibiscus tiliaceus e o Hibiscus pernambucensis, mas a primeira se distingue por ter uma mancha púrpura na base da corola.

Nota 2: Existe a espécie "Tricolor" com folhas com variegação de folhas, com tons de verde, branco-amarelado e nuances avermelhados. As folhas bem novas são avermelhadas.


NOME POPULAR: algodoeiro-da-praia, algodão-da-praia.


SINONÍMIA
Talipariti tiliaceum.

 

FAMÍLIA: Malvaceae.

 

CICLO DE VIDA: Perene.

 

ORIGEM: Região costeira da África Ocidental e Índia, ilhas do oceano Pacífico, Índico e sudeste asiático, bem como costa da Austrália. 

 

PORTE: De 3 a 10 metros da altura.


Nota: É um arbusto que pode ser conduzido como uma arvoreta, para isso é necessário, cortar as brotações laterais deixando um tronco único.

 

FOLHAS: São grandes, tem formato cordiforme (coração), são sustentadas por longos pecíolos. As folhas jovens tem coloração cobreada, depois passam para o verde mais escuro na face superior e um verde mais claro na face inferior

 




FLORES: Despontam praticamente durante o ano inteiro, tem coloração  amarela com centro vinho, 5 pétalas e formato de taça

 




TRONCO: De coloração marrom, com estrias mais claras.

 


LUMINOSIDADE: Sol pleno.

 

ÁGUA: Apesar de tolerar bem a seca, terá melhor desenvolvimento em solo ligeiramente úmido, sendo fundamental até que planta se estabeçleça.

 

CLIMA: Gosta de clima quente, prefere uma temperatura  média máxima de 24 a 41 ° C e uma temperatura média mínima de 5 a 24 ° C

 

PODA: Aceita bem ser podada. Se o desejo for conduzir a planta como uma arvoreta, as brotações laterais que irão se formar no caule junto ao chão devem ser cortadas (vide imagem 1).

 

CULTIVO: Tem uma taxa de crescimento alta. Por ocasião do plantio da muda abra uma cova de pelo menos o dobro do tamanho do torrão, misture na terra retirada esterco animal sempre bem curtido ou composto orgânico

 

FERTILIZAÇÃO: Aplique NPK 04-14-08, na projeção da copa, ao redor do caule, nunca junto a ele, de 5 a 10 colheres de sopa, conforme tamanho da planta, incorpore levemente e regue em seguida.

 

UTILIZAÇÃO: Além de ser uma plantas bastante ornamental, produzindo uma boa sombra, é considerada uma árvore multifuncional na região do Pacífico, é utilizada para alimentação, remédio, fibra, madeira, etc.




PROPAGAÇÃO: É feita por sementes.

 

PLANTA MEDICINAL: Folhas, flores, seiva, casca do tronco são utilizadas para tratamento de diversas moléstias.


FOTOS DESTA POSTAGEM: Essas imagens fiz em Holambra / SP em 14/10/2020.